Grupo compra Nike no Brasil por R$ 900 milhões

O grupo SBF, detentor da Centauro, anunciou na última quinta-feira (06/02) a compra das operações da Nike no Brasil por R$ 900 milhões.
A varejista brasileira passará ser a distribuidora exclusiva dos produtos da marca no país – venderá itens de vestuário, calçados e acessórios para outras lojas – e também vai operar o site da Nike por ao menos 10 anos, bem como suas lojas físicas, podendo inclusive abrir mais unidades por um período inicial de 5 anos.


Questionado se o grupo SBF pretende ampliar a rede de lojas da Nike, responsáveis disseram que enxergam muita oportunidade de crescimento em todas as alavancas. Hoje, há 24 unidades da "Nike Factory" no Brasil, além de cerca de 15 operadas por parceiros. Já a Centauro tem 209 pontos de venda.

No passado, a Centauro já operou lojas físicas da Nike. Sobre uma possível renovação do acordo, inicialmente de 10 anos, o grupo afirma que a visão da companhia é de "longuíssimo prazo".
A Nike do Brasil, subsidiária da empresa americana que foi comprada pela SBF, teve receita líquida de aproximadamente R$ 2 bilhões no ano fiscal encerrado em 31 de maio de 2019.
Após a conclusão da operação, o grupo SBF vai se dividir em três unidades de negócio: Centauro, Nike e a holding que administrará todas as suas plataformas. Elas serão separadas inclusive fisicamente, com sedes diferentes.


O grupo comunicou que vai financiar parte da compra e que contratou os bancos Santander Brasil, Itaú BBA e Bradesco BBI para estruturar a tomada dessa dívida. A transação ainda depende da aprovação de reguladores.
Além da venda das operações no Brasil para o Grupo SBF, a Nike anunciou que fechou acordo para vender suas operações na Argentina, Chile e Uruguai para o Grupo Axo, do México.
O Grupo Axo é distribuidor exclusivo de mais de 30 marcas de roupas no México e no Chile, entre elas Calvin Klein, Coach, Guess, Hollister, Tommy Hilfiger e Victoria's Secret. A empresa já tem parceria com a Nike e opera cinco lojas da marca no México.
Segundo a Nike, a venda das operações no Brasil, Argentina, Chile e Uruguai permitirá que ela desenvolva um modelo de negócios mais lucrativo, eficiente no uso de capital e que gera valor, além de otimizar as operações nesses países.
A "relação e comprometimento" da marca com atletas, clubes e federações nos quatro países permanece inalterada, segundo a companhia.


Fonte: G1 Economia.