A atleta Ruth Jebet, campeã olímpica nos 3.000 metros com
obstáculos, foi alvo de uma punição de quatro anos. A atleta olímpica foi
banida por doping após o resultado de seu teste dar positivo para o hormônio
estimulador de células sanguíneas EPO (Eritropoietina).
A jovem de 23 anos, que compete pelo Bahrain, agora não
poderá defender seu título na Olimpíada de Tóquio ainda este ano.
Ruth, que já detinha o recorde mundial de sua categoria, foi
suspensa em 2018 após falhar em um teste fora de competição para o EPO em
dezembro de 2017. A Unidade de Integridade de Atletismo (AIU) disse que a
proibição funcionaria a partir da data da suspensão inicial. O atraso na
decisão é devido, em parte, a mudanças na equipe jurídica da Ruth.
Ela foi representada pela primeira vez por uma empresa que
disse ter recebido um pacote de um fisioterapeuta que incluía uma injeção para
uma lesão no tendão. A NBC Sports diz que o fisioterapeuta negou dar a ela o
pacote ou aconselhar uma injeção. Com nova representação legal, Ruth admitiu
ter tomado EPO, mas disse que não tinha culpa.
Em virtude da proibição, todos os resultados de Ruth entre
1º de dezembro de 2017 e 4 de fevereiro de 2018 não contarão mais, embora ela
consiga manter sua medalha olímpica e seu recorde mundial de 8min52s78 (na
época), definido em 2016. Segundo o The Guardian, Ruth recebeu um bônus de US$
500.000 (cerca de R$2,5 milhões) do governo do Bahrein por ganhar o ouro em
2016. O recorde atual, de 8min44s32, foi estabelecido pela atleta queniana
Beatrice Chepkoech em 2018.
A atleta norte-americana Emma Coburn, que venceu o bronze na
corrida de obstáculos de 2016, respondeu no Twitter à proibição de Jebet. “Eu
ganhei o bronze naquele dia. Ela testou positivo em 2017, então os resultados
do Rio ainda permanecem. Às vezes, se um desempenho parece bom demais para ser
verdade, é porque é falso. Meu bronze brilhará mais que o ouro dela.”
Fonte: Runner's World.