Hiperidrose: como tratar o suor excessivo?

A hiperidrose é uma condição que provoca suor excessivo, fazendo com que a pessoa acometida transpire até mesmo em repouso. Pode decorrer de fatores emocionais, hereditários ou doenças e atingir diferentes regiões do corpo, como as axilas, palmas das mãos, rosto, cabeça, plantas dos pés e virilha. “A sudorese é uma condição normal do corpo e ajuda a manter a temperatura. É normal suar quando está calor, durante a prática de atividades físicas ou em certas situações específicas, como momentos de raiva, nervosismo ou medo. Contudo, a sudorese excessiva ocorre mesmo sem a presença de qualquer um desses fatores. Isso porque as glândulas sudoríparas dos pacientes são hiperfuncionantes”, explica o Dr. Antonio Rissoni Jr., Cirurgião Torácico do Consulta Aqui (Grupo HAS).


O tratamento para essa condição dependerá do grau e/ou estágio da doença. São usados desde antitranspirantes, medicamentos e, nos casos mais graves, a Simpatectomia Torácica Endoscópica (STE), que é um método cirúrgico. “Trata-se de um procedimento onde o sinal que avisa ao corpo para suar excessivamente é “desligado”. Sua melhor indicação é para os casos nos quais as palmas das mãos e axilas, ou até mesmo a fronte (testa), são acometidas. A principal complicação é a hiperidrose compensatória, situação em que o paciente começa a suar em outras áreas do corpo”, adverte o Dr. Rissoni.

Essa intervenção é realizada por um cirurgião torácico por meio de videotoracoscopia, onde uma câmera de videocirurgia é introduzida na cavidade torácica do paciente, visualizando e seccionando a cadeia simpática, responsável pela condição, ao nível da 2ª costela, para hiperidrose frontal e da 3º e 4ª costelas para hiperidrose axilar e palmar. Já a hiperidrose plantar é tratada através da Simpatectomia Lombar. A cirurgia dura em torno de uma hora e o paciente deverá ficar internado por um ou dois dias. A recuperação se dá em torno de uma semana.

“Apesar do procedimento trazer a cura definitiva da hiperidrose localizada, os riscos são os mesmos existentes em qualquer cirurgia no tórax, ou seja, sangramento, infecção, lesão pulmonar e outros”, alerta o cirurgião.

O médico lembra ainda que, após o procedimento, o paciente deverá manter acompanhamento com o dermatologista, pois, devido ao ressecamento das mãos, esse especialista recomendará o tratamento com cremes hidratantes específicos.


Fonte: WebRun