Mercado de corrida fecha quadrimestre com crise acentuada.

Apesar de a vacinação contra a covid-19 ter sido iniciada há mais de três meses no Brasil e de a chamada fase de transição, a de saída da fase Vermelha, ser a vigente no estado de São Paulo, o mercado nacional da corrida de rua não dá ainda sinais de retomada. Não há garantia alguma de que não existirão mais retrocessos quanto aos indicadores da doença. Toda essa instabilidade gerada pela pandemia compromete planejamentos.



Ficou evidente em abril de 2021 uma redução dos eventos lançados em sites de inscrições. No principal deles, o Ticket Agora, pouco mais de 50, quase todos virtuais, foram cadastrados na plataforma por empresas organizadoras, o que ficou muito aquém de outros meses.

Em outubro de 2020, quando se tinha uma sensação de que a situação já estava sob controle, esse número de eventos colocados à venda no Ticket Agora foi quase três vezes maior.

Em 25 de outubro de 2020, por exemplo, houve até condições de a Prefeitura de São Paulo verificar na prática, por meio de um evento-teste com corredores convidados no sambódromo do Anhembi, o protocolo sanitário setorial para as corridas de rua voltarem à cidade ainda em 2020, mas depois disso não aconteceu uma prova sequer na capital paulista.


Além de não haver certeza alguma de quando o poder público voltará a autorizar corridas de rua, existem outros entraves para as empresas organizadoras: várias delas tiveram de adiar eventos em 2020, mas já não possuem mais todo o dinheiro em caixa para realizá-los, necessitando de ajuda externa (empréstimos, por exemplo); não se sabe qual é a parcela dos corredores que está disposta a retornar às provas antes do fim da pandemia de covid-19; e poucos são os organizadores que conseguem de fato algum tipo de sucesso com os desafios virtuais.

O primeiro semestre de 2021 e o início do segundo já são considerados perdidos por organizadores de eventos presenciais.


Fonte: Esportividade.