Lesões por esforço repetitivo: como evitar e tratar.

Tudo em excesso faz mal. E isso vale também para o corpo. Como se sabe, abusar dos movimentos de mãos e braços –  seja no trabalho, no esporte, nos estudos – pode levar à chamada LER (Lesões por Esforço Repetitivo). Essas lesões podem ser definitivas e deixar sequelas. Uma bom exemplo é a síndrome do túnel do carpo. “Este problema é mais comum do que se imagina. Costuma acometer principalmente pessoas que digitam muito, pois ocorre uma inflamação no nervo mediano na altura do punho. E devido à posição em flexão do punho e o tempo da digitação, há  uma inflamação do nervo. Os sintomas são formigamento e dor”, explica a reumatologista Karine Luz, da Clínica Ultrarticular de São Paulo.



A postura diante o computador pode gerar ainda problemas musculoesqueléticos e outros que envolvem nervos, ligamentos, músculos e tendões. “A má postura pode causar contração nos músculos e desencadear mialgias ou inflamação nos tendões e bursas (uma pequena bolsa cheia de líquido)”, diz a Dra. Karine.

Lesões por esforço repetitivo: como evitar e tratar?

Portanto, além da síndrome do carpo, há outras lesões como a epicondilite lateral (associada como uma lesão dos jogadores de tênis é uma inflamação dos tendões do cotovelo), doença de quervain (inflamação que afeta os tendões do punho que se dirigem para o polegar), além de tendinites dos extensores dos dedos e tenossinovite dos flexores dos dedos.


A LER, que não é caracterizada como uma doença, é diagnosticada a partir da descrição dos sinais e sintomas. E, caso necessário, o médico realiza exames de imagem como o ultrassom para indicar o tratamento correto. Em alguns casos, recomenda-se o uso de órtese (aparelho destinado a suprir ou corrigir a alteração morfológica de um órgão, de um membro ou de um segmento de um membro, ou a deficiência de uma função).

O tratamento dessas alterações é baseado também no uso de anti-inflamatórios e infiltrações. Trata-se de uma injeção de corticosteróide, que tem um efeito anti-inflamatório no local acometido. E quando realizada com o auxílio de aparelhos de imagem como o ultrassom, a agulha é visualizada em tempo real e evita o dano em outras estruturas. “Estudos recentes demonstraram que as infiltrações associadas com o uso de órtese evidenciaram melhora na síndrome do túnel do carpo a longo prazo. Contudo, se houver uma degeneração importante das fibras nervosas o tratamento cirúrgico é indicado. Dessa forma, orienta-se um diagnóstico e tratamentos precoces”, diz a médica.


Fonte: WebRun.