Cafeína e desempenho

A cafeína, presente em diversas espécies de plantas, é encontrada em chás, chocolates, café, guaraná, sendo seu consumo datado de muitos séculos. Entretanto, sua utilização por atletas, objetivando performance, tornou-se popular nas últimas décadas, devido a estudos inerentes a seu efeito ergogênico. 


A cafeína é uma substância lipossolúvel e aproximadamente 100% de sua ingestão oral é rapidamente absorvida pelo trato gastrointestinal, atingindo seus níveis de pico no plasma entre 30 e 120 minutos. Quando consumida em baixa dosagem (2mg/kg), a cafeína provoca aumento do estado de vigília, diminuição da sonolência, alívio da fadiga, aumento no metabolismo e diurese. Em contrapartida, com altas dosagens (15mg/kg) poderá causar nervosismo, insônia, tremores e desidratação.


O interesse nos possíveis efeitos da cafeína, como recurso ergogênico nos exercícios de endurance, iniciou-se com uma série de estudos nos Estados Unidos, no final da década de 70. Esses estudos sugeriram que a cafeína causou um aumento na disponibilidade de ácidos graxos livres para o músculo, resultando em um aumento na taxa de oxidação de lipídios. Desta forma, iniciando-se tal utilização de maneira precoce para a produção de energia, o glicogênio muscular poderia ser poupado, retardando a fadiga. Como o glicogênio muscular é a primeira limitação nos exercícios de endurance, em intensidades de 65 à 85% do Vo2max, a cafeína poderia exercer efeitos ergogênicos nas atividades onde o glicogênio muscular é o fator limitante na performance. 



Desta forma, quando ingerida em dosagens de aproximadamente 5mg/kg, 1h antes do exercício, a cafeína pode ser uma alternativa na busca por um melhor desempenho em suas corridas. Contudo, consulte os profissionais de saúde, objetivando alinhar os parâmetros necessários a sua individualidade.



Fonte: Portal de Revistas Eletrônicas