Saiba quais sinais seu corpo dá quando está prestes a sofrer uma lesão.

Quem pratica atividades físicas sabe que cada pessoa tem seu limite e o quanto pode ou não ultrapassá-lo para não causar uma lesão. Para quem corre não é diferente, ao ir além do que deve, o corpo começa a dar alguns sinais, como, por exemplo, o overtraining. Lesões também são algo recorrente em pessoas que acabam exagerando na corrida. Por isso o Webrun conversou com o fisioterapeuta Rodrigo Ribeiro, que deu algumas dicas para você não ser pego de surpresa.

“Correr é algo natural para o ser humano, é a somatória de movimentos que trabalham na mesma cadência, e geram uma explosão de endorfina. Todo organismo precisa estar bem preparado para poder diminuir as chances de uma lesão, fadiga e sobrecargas musculoesqueléticas”, explica.


Não basta ter disposição e sair correndo sem orientações e preparo correto. O corpo a curto e médio prazo pode até ter um ótimo rendimento, mas sem o preparo adequado a médio e longo prazo alguns sintomas poderão surgir como indicativos de que algo está errado. E será que você sabe reconhecer esses sinais?

“Talvez o sinal mais claro que você está prestes a sofrer uma lesão seja a queda no rendimento dos treinos. O corpo sempre vai apresentar sintomas que te mostrem que algo internamente está errado. Basta estar atento a isso”, conta o fisioterapeuta. Fadiga muscular, cansaço extremo e dificuldade de recuperação cardiovascular são alguns desses sinais. O cansaço e dores musculares pós-corrida são comuns e suportados pela grande parte dos corredores. “Um importante alerta relacionado à dor pós-treino é que ela precisa diminuir de intensidade após 48 horas. Todo atleta amador ou profissional necessita de tempo para recuperação muscular e das articulações após as corridas”, completa Rodrigo.

Outro fator que indica que um corredor está próximo a uma possível lesão é a qualidade do seu sono. Um estudo relatou o seguinte: os jovens atletas tinham 1,5 vezes mais propensão a se machucarem quando regularmente perdiam horas de sono, ou tinham pouca qualidade em seu repouso. “Noites mal dormidas permitem ao organismo abrir portas às diversas doenças como gripes e resfriados, e principalmente, atrapalham que as estruturas do corpo se regenerem e estejam preparadas a novos estímulos. Estudos também defendem que o organismo tem maior recuperação com no mínimo 8 horas de sono regular”, explica.

Assim como o sono regular é imprescindível aos bons resultados, uma dieta equilibrada e direcionada ao treino, é primordial ao mesmo objetivo. A dieta que um atleta amador precisa é diferente de um atleta profissional, assim como a de um corredor é totalmente diferente da de um nadador. Entender que cada organismo, cada tipo de atividade precisa de uma nutrição específica é um passo necessário para resultados precisos e também ficar longe do risco de lesões.

Muitas metas tornam-se problemas, porque são mais do que o corpo do corredor pode aguentar, gerando uma cadeia de estresse interno e má atuação dos músculos e articulações. Nesse momento, o ideal é mudar a estratégia de treinos, diminuir o ritmo, respeitar o organismo e após o equilíbrio físico e emocional, o corredor poderá atingir em um menor tempo de treino a sua meta.

“O ideal é sempre manter um ritmo, escutar o organismo, e respeitar a rotina de treinos. A preparação físico correta dos músculos é fundamental para o melhor desempenho. Se em algum momento, o atleta não teve um bom rendimento, não adianta compensar um treino mal realizado, ou não realizado, nos outros dias da semana”, diz o fisioterapeuta. Entenda e aceite o seu ritmo. Não se compare aos outros. Cada organismo reage de uma maneira. Fundamental é respeitar a si e entender que o corpo precisa de descanso.

Fique atento a qualquer tipo de sinais e sintomas que seu corpo possa apresentar, pois ele pode estar alertando de que algo não anda bem. É preciso que haja equilíbrio físico e emocional para alcançar os objetivos. Procure um bom profissional que possa avaliar e orientar de forma precisa.


Fonte: WebRun