Sente coceira ao correr? Pode ser urticária colinérgica.

Não é incomum ouvir pessoas que gostam de correr reclamando que ao dar os primeiros passos no treino começam a sentir uma coceira no corpo muito incômoda. Esse problema é conhecido como urticária colinérgica, uma variação crônica e induzida da urticária.

O médico do esporte da Care Club Dr. Romão Sampaio explica na coluna de junho do Webrun todos os detalhes deste problema.

A urticária colinérgica pode ser ocasionada por diversos fatores, como estar em um ambiente quente ou elevar a temperatura corporal através do exercício físico, mas não para por aí, o estresse emocional também pode desencadear o problema.


O termo ‘alergia ao suor’ costuma ser muito usado por leigos, mas a sensação nada mais é do que um subtipo da urticária, que pode ser classificada em não folicular e folicular. O sintoma mais comum, a coceira, pode vir acompanhada de uma possível vermelhidão e aparecimento de lesões na pele.

E por que isso não acontece com todo mundo?

Reações alérgicas são respostas individuais. Hoje se sabe que o desencadear da urticária colinérgica surgirá na vida adulta de um a cada cinco adultos. 

A importância do diagnóstico

Pode parecer algo simples, mas é muito importante sempre buscar uma definição do problema junto ao acompanhamento com um médico do esporte ou dermatologista. Isto é necessário porque existem diagnósticos que precisam ser descartados como, por exemplo, a anafilaxia induzida por exercícios físicos.

Caso o indivíduo tenha uma resposta exacerbada, onde lesões no corpo se tornam extensas é preciso investigar. É possível também encontrar casos onde há um colapso vascular, algo muito mais dramático. Aí está a importância de não banalizar a doença.

Autoavaliação

Existem alguns pontos importantes que precisam ser levados em consideração, como entender qual o momento que a urticária surge como nos primeiros 6 a 10 minutos na corrida. A sintomatologia acusa que o problema aparece mais na parte do tronco e tende a poupar as extremidades como mãos e pés, mas aos poucos vai se ampliando para a região do pescoço e membros. O quadro tende a melhorar em questão de minutos, porém se isso não acontecer é necessário uma avaliação com um especialista, pois o corpo está mostrando um importante sinal de alerta.

Problemas como vermelhidão, aparecimento de lesões, dificuldade para respirar, ou edema na região são sinais ainda mais perigosos, onde o indivíduo precisa procurar atendimento médico com urgência.

Cuidados

Para evitar este tipo de problema em casos leves indica-se que o praticante de exercício físico escolha ambientes mais arejados e horários frescos para treinar. Além disso, à medida que a pessoa adquire um maior condicionamento físico o quadro tende a melhorar.

É de suma importância que ao detectar algum destes sinais sempre buscar o acompanhamento médico para melhor definição do diagnóstico e posterior classificação da doença.

No geral os quadros são benignos, mas pela existência de diagnósticos diferentes é sempre indicado entender caso a caso.


Fonte: WebRun.