Insatisfeito com os quilos a mais conquistados durante a pandemia de covid-19, um programador de Seattle, nos EUA, resolveu adotar um estilo de vida mais saudável. Mas em vez de recorrer a métodos tradicionais para lutar contra a balança, ele resolveu trilhar um caminho inusitado: seguir conselhos gerados pela inteligência artificial.
Greg Mushen contou a saga para
perder 12 quilos em cerca de três meses com auxílio do ChatGPT em uma série de
mensagens postadas no Twitter. A ferramenta não só o ajudou a ficar em forma,
mas também contribuiu para que ele deixasse de odiar fazer exercícios aeróbicos
e se tornasse um corredor assíduo.
Mushen começou a consulta pedindo que o ChatGPT lhe apresentasse um plano, baseado em pesquisas científicas sobre psicologia do esporte e neurociência, para que ele deixasse a resistência de lado e desenvolvesse o hábito de correr.
Após algumas tentativas, a
plataforma construiu um plano considerado “sólido” pelo programador. Mas os
passos iniciais eram, segundo ele, bem tímidos e aparentemente insuficientes
para que Mushen se tornasse de fato um corredor. “Parecia muito estranho e eu
estava realmente cético de que realmente funcionaria”, diz ele.
O primeiro passo sugerido pelo
ChatGPT foi colocar os tênis de corrida em um lugar da casa onde Mushen pudesse
vê-los. No segundo dia, a ferramenta sugeriu que o programador separasse em sua
agenda um horário para correr, outra tarefa considerada simples por ele.
Aos poucos, o plano criado pelo
ChatGPT foi sugerindo que Mushen realizasse exercícios por dias consecutivos e
que as corridas também fossem mais longas do que as propostas inicialmente.
Ainda assim, o programador percebeu que as sugestões eram feitas sob medida
para que ele nunca se sentisse esgotado.
Perto do 30º dia de programa,
Mushen conseguiu correr 1 milha (cerca de 1,6km) e ficou surpreso por ter
gostado de ter completado mais este objetivo.
Com os resultados já visíveis na
balança, Mushen resolveu complementar o plano pedindo ao ChatGPT dicas e
receitas para tornar sua alimentação mais saudável. Com as sugestões, ele
cortou açúcar e bebidas alcóolicas de seus hábitos. O programador também pediu
sugestões para melhorar o hábito de sono e, segundo ele, a combinação de
mudanças o fez “dormir como uma bebê”.
Apesar da experiência
bem-sucedida de Mushen, especialistas alertam que ferramentas como o ChatGPT
podem apresentar informações falsas ou fora de contexto. Por isso, é sempre
importante consultar profissionais antes de seguir as recomendações da
inteligência artificial.
Fonte: Valor Econômico.