A On, nascida em 2010, vem tirando o mercado de corrida da inércia. Com uma tecnologia de amortecimento criada a partir de experimentos com uma mangueira de jardim, a marca criada pelo campeão suíço de Ironman, Olivier Bernhard, chamou a atenção de Roger Federer, que virou acionista em 2019 para ampliar o leque de modelos da novata. Tendo a lenda do tênis como rosto da empresa, a On decolou nos últimos três anos, chegando às prateleiras das lojas de performance e até às das voltadas somente para o público sneakerhead. Uma de suas últimas jogadas no mercado é o Cloudflash Sensa (R$ 1.099), que traz uma nova roupagem mais casual para um tênis com tecnologia de corrida.
O On Cloudflash é um tênis de
corrida com placa de carbono na entressola para corredores de distâncias
curtas. Ele complementa o pacote de performance do Cloudboom, seu irmão de
longas distâncias, digamos assim. Da mesma forma que o Cloudboom, o Cloudflash
tem como missão dar a maior sensação de solo possível ao seu usuário. Mas
diferentemente de outros modelos do mercado com esta característica, o
Cloudflash possui excelente tração.
Via de regra as marcas sacrificam a tração para que um tênis de corrida pese menos. Mas a sola do Cloudflash agarra realmente o solo e isso se deve ao padrão repetitivo em "X" desenhado na sola, que cria uma área de contato bem maior do que a vista na maior parte de seus rivais. O material também é bastante macio, o que ajuda neste comportamento, mas pode deixar a desejar em durabilidade. Não dá para ganhar em todas.
Por estar muito próximo do chão,
o Cloudflash não precisa de muito suporte interno para segurar os pés em
mudanças de trajetória na corrida. Isso permitiu um peso de 229 gramas,
excelente para a categoria. O modelo também tem um amortecimento Cloudtec
mínimo, porém eficiente, que o deixa muito confortável para o uso casual e
ideal para corridas de cinco ou sete quilômetros. Mais que isso, se você não
for um corredor muito experiente que sabe dosar os pés como os pilotos de
Fórmula 1 dosam os pneus, o carro vai quebrar.
Fonte: Estadão.