A Olympikus realizou no mês de setembro a primeira etapa do Bota Pra Correr (BPC) 2023. O circuito proprietário de running da marca desembarcou na Costa do Conde (PB) e chegou ao recorde de cerca de 1.200 inscrições, com participação maciça dos nordestinos, responsáveis por mais de 50% delas, em especial Pernambuco, Paraíba e Alagoas.
O fato de ter sido em um feriado
nacional ajudou a alavancar os números e deverá ser uma estratégia a ser
seguida pela Olympikus nos próximos anos. Com relação ao impacto na economia
local, a região sul da Paraíba obteve 100% de ocupação nas pousadas e hotéis,
aumentando a demanda prevista para a época.
Entre as novidades desta edição, a marca decidiu transformar o Bota Pra Correr em um festival, que contou com palestras, exposições e conexão com a gastronomia e a cultura locais. Criada para isso, a Vila BPC Olympikus serviu como um ponto de encontro da comunidade corredora, que ainda teve a oportunidade de conhecer, tirar fotos e pegar autógrafos de Vanderlei Cordeiro de Lima, único brasileiro a conquistar uma medalha olímpica na maratona (bronze em Atenas 2004) e que se tornou embaixador da Olympikus recentemente.
Além disso, o BPC Costa do Conde
ainda funcionou como uma espécie de “estreia oficial” do Corre Trilha. Lançado
no primeiro semestre ao mesmo tempo que as novas versões dos outros membros da
Família Corre da Olympikus (Corre 3, Corre Vento 2 e Corre Grafeno 2), o tênis
para trilha foi o responsável pela criação de uma nova categoria no evento, que
contou com percursos no asfalto (11k e 21k) e na trilha (5k e 15k).
A estreia foi celebrada pela
marca, que enxerga a estratégia de vendas de tênis para running como um acerto
no mercado. Atualmente, a aposta é nas lojas multimarcas e no on-line, uma vez
que a Olympikus não conta com lojas físicas próprias.
“A estratégia da Olympikus hoje é
uma estratégia que está muito redonda, com o varejo e com as vendas on-line. A
capilaridade que a gente tem através do varejo multimarca é gigante. É claro
que a gente nunca vai conseguir substituir o papel da loja, mas a estratégia
passa a ser muito mais de construção de valor, assim como um evento como esse
[Bota Pra Correr] é para construção de valor. A gente saiu de 80 mil pares
vendidos em 2020 [estreia da linha Corre com a chegada do Corre 1] para 240 mil
pares em meio ano em 2023”, afirmou Márcio Callage, diretor de marketing da
Olympikus.
Entre os motivos para o sucesso
dessa retomada forte da marca no running nos últimos anos, o executivo acredita
que a qualidade dos produtos e o boca a boca entre os corredores têm sido
fundamentais.
“É uma história que está sendo
muito bem-recebida pela comunidade corredora, e o produto tem muita qualidade,
o que nos deixa muito tranquilos. A gente não está vendendo gato por lebre, o
que torna fácil contar a história, né? É o melhor custo-benefício da categoria,
e as pessoas reconhecem isso. Os youtubers indicam, e eu acho que eles têm uma
influência muito grande, absurda, hoje em dia”, destacou Callage.
Supertênis
No entanto, apesar do discurso de
democratização da corrida, com tênis para todos os tipos de corredores e a
preços mais acessíveis do que se vê em geral no mercado, a Olympikus também
está no processo de produção de um supertênis para 2024.
Atualmente, praticamente todas as marcas esportivas que têm o running como um dos focos já possuem modelos da categoria, entre elas Nike, Adidas, Asics, Mizuno e Fila. Uma das principais características desse tipo de tênis é o foco em performance, o que não era o objetivo principal da Família Corre até o momento, apesar dos bons resultados nas provas pelo país, inclusive com vitórias em provas importantes.
Para o ano que vem, a ideia é
aliar a democratização à performance de vez. Mas tomando cuidado para chegar ao
consumidor da maneira correta, uma vez que os preços dos supertênis também
costumam carregar o adjetivo “super” a reboque.
“No primeiro semestre do ano que
vem, se tudo der certo, a gente vai entrar nessa categoria com nosso primeiro
supertênis. Existe uma percepção de gente que corre de que, se o tênis custar
menos que R$ 1 mil, ele vai parecer menos tecnológico, menos super.
Sinceramente, não faço ideia quanto ele vai custar porque a gente precisa
primeiro concluir o produto. Mas hoje a tendência é que ele não seja tão
barato, que custe mais, porque pode ser que precise ser assim para funcionar no
mercado”, revelou o diretor de marketing da Olympikus.
Fonte: Máquina do Esporte.