O que é overtraining e como evitar os excessos neste início de ano?

É muito comum na volta à rotina, após temporada de férias e festas, que as pessoas procurem as academias e retomem as atividades físicas de maneira mais intensa, tentando recuperar rapidamente o tempo que ficaram paradas. A esse excesso de treinamento em um curto período dá-se o nome de overtraining.

O overtraining ocorre quando há um desequilíbrio entre a carga de exercícios e o tempo de recuperação do corpo. “Basicamente, é quando você exige mais do seu corpo do que ele pode se recuperar, levando a uma série de problemas físicos e mentais”, afirma o treinador físico do The Corner Sports & Health, Vinicius Neves.


Segundo ele, os riscos do overtraining são variados e impactam tanto o desempenho atlético quanto a saúde geral. “Isso pode incluir fadiga persistente, diminuição do sistema imunológico, insônia, irritabilidade, além de aumentar o risco de lesões musculares e articulares. A longo prazo, podendo levar a problemas mais sérios, como a síndrome de burnout, que afeta não apenas o físico, mas também o bem-estar psicológico”.

A principal diferença entre treino forte e overtraining está no equilíbrio. Um treino forte envolve desafiar os limites de maneira controlada e estruturada, periodizada, permitindo um tempo adequado para recuperação. Já o overtraining é caracterizado pelo excesso, onde o corpo não tem a oportunidade de se recuperar de forma eficaz. O treino forte é um aliado para o progresso, enquanto o overtraining pode ser um obstáculo prejudicial.

É importante lembrar sempre que o corpo precisa de tempo para se recuperar e adaptar aos estímulos do treino. “O segredo é focar na consistência ao invés do excesso”, finaliza Neves.


Fonte: WebRun.