Correr em cidades com baixa umidade do ar exige atenção redobrada com a saúde, pois o ar seco pode provocar desconfortos respiratórios, desidratação e menor desempenho físico. Em ambientes assim, a evaporação do suor é mais rápida, o que reduz a sensação de calor, mas aumenta a perda de líquidos e pode mascarar os sinais de desidratação. Por isso, é essencial que o corredor esteja bem hidratado antes, durante e após a atividade física.
A hidratação é o primeiro cuidado fundamental. Em locais com umidade relativa do ar abaixo de 30%, o corpo perde mais água através da respiração e do suor. Levar uma garrafinha de água ou isotônico durante o treino é uma boa prática, mesmo em corridas mais curtas. Além disso, é importante consumir líquidos ao longo do dia e não apenas antes do exercício, mantendo uma hidratação contínua.
Outro ponto importante é evitar os horários mais quentes e secos do dia, geralmente entre 10h e 16h. Prefira correr nas primeiras horas da manhã ou no fim da tarde, quando a temperatura está mais amena e a umidade do ar, um pouco mais elevada. Escolher locais com sombra, como parques arborizados, também pode aliviar o impacto do ar seco no corpo.
Usar roupas leves, respiráveis e de cores claras ajuda a regular a temperatura corporal e evitar o superaquecimento. Além disso, o uso de boné, óculos escuros e protetor solar protege contra os efeitos nocivos do sol, que costumam ser mais intensos em regiões secas. Em casos de sensibilidade respiratória, um lenço úmido sobre o nariz ou até mesmo máscaras específicas podem ajudar a umidificar o ar inalado.
Em dias com índices críticos de umidade (abaixo de 20%), o mais indicado pode ser trocar a corrida ao ar livre por atividades físicas em ambientes fechados e climatizados, como academias. Exercícios como bicicleta ergométrica, esteira ou até mesmo circuitos funcionais podem manter a rotina de treinos sem expor o organismo aos riscos do ar seco.
Por fim, escutar o corpo é essencial. Tosse seca, garganta irritada, cansaço excessivo e tontura são sinais de que algo está errado. Reduzir a intensidade do treino, fazer pausas para beber água e buscar sombra são atitudes preventivas que evitam complicações. Com planejamento e cuidados simples, é possível manter a prática esportiva mesmo nas condições adversas da baixa umidade.