Distensão e estiramento muscular na corrida: o que são e o que fazer?

Durante a prática da corrida e outros esportes, é comum ocorrerem lesões musculares, como estiramentos e distensões. Embora pareçam iguais, diferem pela localização: o estiramento acontece nas fibras do músculo, enquanto a distensão afeta os tendões ou a junção entre músculo e tendão. Ambas são causadas por sobrecarga ou movimentos bruscos e geram dor imediata, rigidez e, em casos mais graves, inchaço e hematomas.

Essas lesões são classificadas em três graus. No grau 1, há apenas lesão leve, com dor e perda de força discretas, permitindo recuperação em poucos dias. O grau 2 envolve ruptura mais extensa das fibras, causando dor moderada, inchaço e limitações, com recuperação entre duas a seis semanas. Já no grau 3, há ruptura total do músculo ou separação do tendão, exigindo meses de recuperação e, às vezes, cirurgia.


Corredores frequentemente apresentam essas lesões na panturrilha e nos isquiotibiais. Ao sentir dor após uma corrida, o ideal é parar imediatamente a atividade, aplicar gelo, observar sinais como hematomas ou dificuldade para mover o músculo e buscar avaliação médica para definir a gravidade da lesão e o tempo de retorno ao esporte. A reabilitação adequada é essencial para evitar novas lesões.

Outra lesão comum entre corredores é a fratura por estresse, causada por sobrecarga repetitiva sem tempo adequado de recuperação. Ela afeta principalmente ossos dos membros inferiores, como tíbia, fíbula, metatarsos e fêmur. Os sintomas incluem dor localizada que piora com o exercício e melhora com o repouso, além de inchaço e sensibilidade no local.

O diagnóstico da fratura por estresse é feito por exames de imagem, como ressonância magnética ou raio-X. Essas fraturas podem ser de baixo ou alto risco, dependendo da região do osso afetada. Fraturas de baixo risco geralmente são tratadas com repouso e fisioterapia, enquanto as de alto risco podem exigir uso prolongado de muletas ou até cirurgia.

Além da carga de treino, fatores como deficiência de nutrientes, alterações hormonais, sono inadequado e má hidratação também aumentam o risco de lesões. Portanto, a prevenção passa por um bom planejamento de treinos, alimentação equilibrada, descanso adequado e atenção aos sinais do corpo.


Fonte: WebRun